sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Arte Brasileira

Tarsila do Amaral: nasceu em Capivari SP em 1886. Estudou com Pedro Alexandrino, a partir de 1917, e depois com George Fischer Elphons, em São Paulo. Em Paris freqüentou a Académie Julien, sob a orientação de Émile Renard. Entrou em contato com Fernand Léger, cujo estilo a marcou sobremodo, André Lhote e Albert Gleisse, e estruturou sua personalidade artística a partir das influências cubistas. Em 1922 participou em Paris do Salão dos Artistas Franceses.
Retornando ao Brasil em 1924, percorreu as cidades históricas mineiras em companhia do escritor francês Blaise Cendrars. Deslumbrada com a decoração popular das casas dessas cidades, assimilou a tradição barroca brasileira às recém-adquiridas teorias e práticas cubistas e criou uma pintura que foi denominada Pau-Brasil. Essa pintura inspirou um movimento, variante brasileira do cubismo, e influenciou Portinari.
Em 1926 Tarsila expôs na galeria Percier em Paris. Iniciou-se então sua fase antropofágica, de retorno ao primitivo, da qual o exemplo mais notável é o quadro "Abaporu". Presente na I e II Bienais de São Paulo, foi premiada na primeira. Na Bienal de São Paulo de 1963, sala especial foi dedicada à retrospectiva de sua obra. Foram apresentadas suas diversas fases e deu-se destaque ao quadro "Operários" (1933), da fase social, em que as cores são mais sombrias mas a nitidez anterior é conservada. Outra obra do mesmo período é "Segunda classe".
Tarsila esteve ainda representada na mostra Arte Moderna no Brasil (1957), na XXXII Bienal de Veneza (1964) e na mostra Arte da América Latina desde a Independência (1966). Em 1960 o Museu de Arte Moderna de São Paulo organizou retrospectiva de sua obra. Entre suas demais telas destacam-se "A negra", no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, e "São Paulo", na Pinacoteca do Estado de São Paulo. Tarsila morreu em São Paulo SP em 17 de janeiro de 1973.








Candido Portinari: nasceu no dia 29 de dezembro de 1903, numa fazenda de café em Brodoswki, no Estado de São Paulo. Filho de imigrantes italianos, de origem humilde, recebeu apenas a instrução primária de desde criança manifestou sua vocação artística. Aos quinze anos de idade foi para o Rio de Janeiro em busca de um aprendizado mais sistemático em pintura, matriculando-se na Escola Nacional de Belas Artes. Em 1928 conquista o Prêmio de Viagem ao Estrangeiro da Exposição Geral de Belas-Artes, de tradição acadêmica. Vai para Paris, onde permanece durante todo o ano de 1930. Longe de sua pátria, saudoso de sua gente, Portinari decide, ao voltar para o Brasil em 1931, retratar nas suas telas o povo brasileiro, superando aos poucos sua formação acadêmica e fundindo a ciência antiga da pintura a uma personalidade experimentalista a antiacadêmica moderna. Em 1935 obtém seu primeiro reconhecimento no exterior, a Segunda menção honrosa na exposição internacional do Carnegie Institute de Pittsburgh, Estados Unidos, com uma tela de grandes proporções intitulada CAFÉ, retratando uma cena de colheita típica de sua região de origem.A inclinação muralista de Portinari revela-se com vigor nos painéis executados no Monumento Rodoviário situado no Eixo Rio de Janeiro – São Paulo (na hoje “Via Dutra”), em 1936, e nos afrescos do novo edifício do Ministério da Educação e Saúde, realizados entre 1936 e 1944. Estes trabalhos, como conjunto e como concepção artística, representam um marco na evolução da arte de Portinari, afirmando a opção pela temática social, que será o fio condutor de toda a sua obra a partir de então. Companheiro de poetas, escritores, jornalistas, diplomatas, Portinari participa da elite intelectual brasileira numa época em que se verificava uma notável mudança da atitude estética e na cultura do país: tempos de Arte Moderna e apoio do mecenas Getúlio Vargas que, dentre outras qualidades soube cercar-se da nata da intelectualidade brasileira de seu tempo.













Alfredo Volpi:
Pintor nascido em Lucca, Itália. Veio com a família ao Brasil, fixando-se em São Paulo. Exerceu vários ofícios, inclusive o de decorador de interiores. Em 1914 executa sua primeira obra. Sua pintura caracteriza-se, até 1930, pela aproximação naturalista das formas e cores, resolvidas de maneira impressionista ou expressionista. Em 1925 inicia sua participação em mostras coletivas. Conhece Mário Zanini em 1927, sobre quem exerceu grande influência. Na década seguinte aproxima-se do Grupo Santa Helena. conheceu Ernesto de Fiori, que iria influenciá-lo de maneira decisiva. Desenvolve a partir de então um cromatismo mais vívido, em detrimento da textura, quase translúcida. Participa em 1938 do Salão de Maio e da I Exposição da Família Artística Paulista, ambos em SP. Em 1939, após visita a Itanhaém, inicia série de marinhas. Participa do VII Salão Paulista de Belas-Artes em 1940. Em 1941, do XLVII Salão Nacional de Belas-Artes do Rio de Janeiro, da I Exposição do Osirarte e do I Salão de Arte da Feira Nacional de Indústrias, em São Paulo. Faz sua primeira individual em sala alugada, na cidade de São Paulo. Em 1950 volta a Itália na companhia de Osir e Zanini. Seduz-se com a arte dos góticos, principalmente Giotto. Substitui, nesse período, gradativamente o óleo pela têmpera. Inicia, também, uma fase construtivista, que compreende um período estático, com fachadas e casas abstraídas, seguido a uma fase construtivista, que se transforma nos anos 60, em esquemas óticos e vibráteis puramente cromáticos, das bandeirinhas e fitas. Ganha, em 53, o prêmio da II Bienal Internacional de São Paulo, com o qual adquire fama. Os geométricos paulistas o apontam como seu precursor. Participa da XXVII Bienal de Veneza. Em 1956-57 participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta. Em 1957 tem sua primeira retrospectiva, no MAM - Rio. Em 1975, no MAM - SP e em 1976 no MAC - Campinas. Em 1980, a galeria A Ponte, em São Paulo, faz a exposição retrospectiva Volpi/As Pequenas Grandes Obras/ Três Décadas de Pintura. Em 1984 participa da mostra Tradição e Ruptura, Síntese de Arte e Cultura Brasileiras, da Fundação Bienal. Em seu aniversário de 90 anos, o MAM-SP faz a exposição Volpi 90 Anos. Morre em 1988, em São Paulo. Em 1993 a Pinacoteca do Estado de São Paulo expõe Volpi - projetos e estudos em retrospectiva, Décadas de 40-70. Em Bienais, participou da I, II (Prêmio dePintura Nacional), III, IV (Sala Especial) e XV. Participa da mostra Bienal Brasil Século XX, na Fundação Bienal.














Anita Catarina Malfatti: nasceu na cidade de São Paulo, em 1889, filha de pai italiano e mãe norte-americana,que foi ela quem foi sua primeira professora de pintura.
Com a ajuda de um tio e padrinho, Anita pôde viajar para a Europa e Estados Unidos, desenvolvendo sua técnica pictórica de acordo com as tendências contemporâneas, principalmente cubistas e expressionistas.
Sua primeira mostra individual no Brasil acontece em 1914, com pouca repercussão, e a segunda em 1917, em que é duramente criticada pelo escritor Monteiro Lobato.
Apesar de sua defesa pelos futuros modernistas, principalmente Oswald de Andrade, ela preferiu dedicar-se, nos anos seguintes, ao estudo da pintura acadêmica.
Convidada pelos modernistas, participa da Semana de 22. A nova exposição lhe garante uma bolsa de estudos, e ela muda-se para Paris, de onde só voltaria em 1928 para dedicar-se ao ensino da pintura no curso normal.
Da década de 1930 em diante, além da atividade docente ( professora ), a artista estaria engajada nos movimentos de classe dos artistas plásticos, ajudando a fundar a SPAM (Sociedade Pró-Arte Moderna), e se tornando a presidente do Sindicato dos Artistas Plásticos.
Suas mostras individuais, de 1937 e 1939, chamam a atenção pelo ecletismo do estilo, que revela influências primitivistas, acadêmicas e modernistas, desconcertando críticos e colegas.
Nas décadas seguintes, participaria de várias mostras comemorativas e homenagens, obtendo reconhecimento inquestionável dentro do panorama artístico brasileiro.
Após a morte da mãe, retira-se para uma chácara em Diadema, dedicando-se menos à pintura. Sua ausência nada contribui com o seu esquecimento: a artista seria sempre lembrada, inclusive com uma sala especial na VII Bienal de São Paulo, em 1963.
Anita Malfatti Falece em 6 de novembro de 1964, deixando aos nossos olhos e corações o orgulho por ela ter existido.














Ligia Clark
Pintora, escultora, auto-intitulou-se não-artista. Nasceu em Belo Horizonte, 1920.1947 inicia-se na arte no Rio de Janeiro, sob orientação de Burle Marx. Em 1952, viaja a Paris e lá estuda com Léger, Dobrinsky e Arpad Szenes. Expõe no Institut Endoplastique, Paris, e no Ministério de Educação e Saúde, no Rio de Janeiro. Em 1954 integra o Grupo Frente. De 1954 a 58 desenvolve uma pintura de extração construtivista, restrita ao uso do branco e preto em tinta industrial. No ano de 1957, participa da I Exposição Nacional de Arte Concreta, no Ministério de Educação e Cultura no Rio de Janeiro. Em 1959, assina o Manifesto Neoconcreto. Desdobra gradualmente o plano em articulações tridimensionais, Casulos e Trepantes, onde vai se insinuando a participação do espectador. Participa da Exposição Neoconcreta no MAM - Rio. Em 1960, cria os Bichos, estruturas móveis de placas de metal que convidam à manipulação e a Obra-mole, pedaços de borracha laminada enrelaçados. A partir de meados da década de 60, prefere a poética do corpo apresentando proposições sensoriais e enfatizando a efemeridade do ato como única realidade existencial . De 1970 a 75 reside em Paris. Como professora na Sorbonne propõe exercícios de sensibilização, buscando a expressão gestual de conteúdos reprimidos e a liberação da imaginação criativa. No período de 1978a 85 usa Objetos Relacionais com fins terapêuticos. Falece no Rio de Janeiro, em 1988. Tem obras expostas na Bienal Brasil Século XX. Em 1996 tem obras na exposição Tendências Construtivas no Acervo do MAC - USP. Participou da II, III, V, VI ( Prêmio de Escultura Nacional) e VII Bienais Internacionais de SP.


Fonte: Aguilar, Nelson (org.).Catálogo Bienal Brasil Século XX. SP, Fundação Bienal, 1994.







Ligia Papy:
Importante representante da arte contemporânea no Brasil.Além de sua carreira artística,Lygia Pape lecionou na faculdade de arquitetura Santa Úrsula e na escola de Belas Artes da Univesidade Federal do Rio de Janeiro.





Hélio Oiticica:
 Nasceu no Rio de Janeiro, 26 de julho de 1937 foi um pintor, escultor, artista plástico e performático de aspirações anarquistas.

É considerado por muitos um dos artistas mais revolucionários de seu tempo e sua obra experimental e inovadora é reconhecida internacionalmente.[1] Neto de José Oiticica, anarquista, professor e filólogo brasileiro, autor do livro O anarquismo ao alcance de todos (1945).
Em 1959, fundou o Grupo Neoconcreto, ao lado de artistas como Amilcar de Castro, Lygia Clark, Lygia Pape e Franz Weissmann.
Na década de 1960, Hélio Oiticica criou o Parangolé, que ele chamava de "antiarte por excelência". O Parangolé é uma espécie de capa (ou bandeira, estandarte ou tenda) que só mostra plenamente seus tons, cores, formas, texturas e grafismos, e os materiais com que é executado (tecido, borracha, tinta, papel, vidro, cola, plástico, corda, palha) a partir dos movimentos de alguém que o vista. Por isso, é considerado uma escultura móvel.







Djanira Motta e Silva: nasceu em Avaré, São Paulo em 20 de junho de 1914, neta de imigrantes austríacos e de indígenas. Djanira foi pintora, desenhista, ilustradora e cenógrafa, Ainda criança muda-se para Porto União, em Santa Catarina. Volta a Avaré em 1928, quando vive entre os cafezais da região. Casa-se com Bartolomeu Gomes Pereira, maquinista da Marinha Mercante, que morre quando seu navio é torpedeado durante a Segunda Guerra Mundial 1952 - Salvador BA - Casa-se com José Shaw da Motta e Silva. Depois de mudar-se para São Paulo, adoece de tuberculose, realizando assim seu primeiro desenho quando recebia tratamento para a doença no Sanatório Dória, em São José dos Campos, em meados dos anos 30. Instala, em Santa Teresa, Rio de Janeiro e estreita seu contato com a arte, ponto de encontro de artistas e intelectuais na época era a Pensão Mauá, onde estava hospedada. Por volta de 1940, passa a ter aulas com Emeric Marcier e Milton Dacosta, seus hóspedes, e também freqüenta curso noturno no Liceu de Artes e Ofícios. Em 1943, expõe pela primeira vez em uma mostra individual, na Associação Brasileira de Imprensa. Reside em Nova York entre 1945 e 1947 onde é influenciada pela pintura de Pieter Brueghel. Nesta mesma época, conhece Fernand Léger, Joan Miró e Marc Chagall. Ao voltar ao Brasil, realiza o mural Candomblé para a residência do escritor Jorge Amado, em Salvador, e painel para o Liceu Municipal de Petrópolis, no Rio de Janeiro.De volta ao Rio de Janeiro, da sua viagem á União Soviética, torna-se uma das líderes do movimento pelo Salão Preto e Branco, um protesto de artistas contra os altos preços do material para pintura. Em 1963 realiza o painel de azulejos Santa Bárbara, com 160 m2, no túnel Catumbi, Laranjeiras, Rio de Janeiro. Profundamente religiosa, ingressa na Ordem Terceira Carmelita, da qual recebe o hábito com o nome de Irmã Teresa do Amor Divino. Em 1972 recebe do Vaticano a Medalha e Diploma da Cruz “Pro Ecclesia et Pontifice”, conferida pelo Papa Paulo VI. Djanira, aliás, foi a primeira artista latino-americana representada com obras no Museu do Vaticano, para quem ofereceu a tela “Santana de Pé”, por ela pintada com o braço esquerdo, pois havia fraturado a clavícula. Considerada uma das mais importantes artistas do século 20 no País, Djanira é, sem dúvida, a mais autenticamente brasileira de nossas pintoras, por ter interpretado de maneira singela e poética a paisagem nacional e os habitantes e costumes do país. A artista plástica falece no Rio de Janeiro no dia 31 de maio de 1979.













Wesley Duque Lee


Pintor Brasileiro


Tunga:

É escultor, desenhista e artista performático brasileiro.



Adriana Varejão

É uma artista plástica brasileira contemporânea. Participou de diversas exposições nacionais e internacionais.


Artes Cênicas

Características de três elementos básicos:


 Texto:Depende do tipo de texto, peça e situação que você pretende. Pode ser texto com falas dos personagens, discurso indireto, narrado pelo narrador onisciente, etc...
 Ator:Tem sua responsabilidade.Um único ator pode representar vários personagens.Esse número é um fator relevante para determinar a importância do ator e das partes da interface do usuário utilizadas por ele.
Público:É destinado ao povo,aqueles que assistem a peça,também chamados de platéia são tão importantes quanto os protagonistas,pois sem eles não haveria teatro.





Tropicalismo:
O tropicalismo foi um movimento musical, que também atingiu outras esferas culturais (artes plásticas cinema, poesia), surgido no Brasil no final da década de 1960. O marco inicial foi o Festival de Música Popular realizado em 1967 pela TV Record.
O tropicalismo teve uma grande influência da cultura pop brasileira e internacional e de correntes de vanguarda como, por exemplo,o concretismo. O tropicalismo, também conhecido como Tropicália, foi inovador ao mesclar aspectos tradicionais da cultura nacional com inovações estéticas como, por exemplo, a pop art.

O tropicalismo inovou também em possibilitar um sincretismo entre vários estilos musicais como, por exemplo, rock, bossa nova, baião, samba, bolero, entre outros.
As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano de uma forma inovadora e criativa.

Os principais representantes do tropicalismo foram:


- Caetano Veloso
- Gilberto Gil
- Os Mutantes
- Torquato Neto
- Tom Zé
- Jorge Bem
- Gal Gosta
- Maria Bethânia

Conclusão:


O tropicalismo foi muito importante no sentido em que serviu para modernizar a música brasileira, incorporando e desenvolvendo novos padrões estéticos. Neste sentido, foi um movimento cultural revolucionário, embora muito criticado no período. Influenciou as gerações musicais brasileiras nas décadas seguintes.


Tropicália-Caetano Veloso

Sobre a cabeça os aviões

Sob os meus pés, os caminhões
Aponta contra os chapadões, meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país

Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão

O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente,
Feia e morta,
Estende a mão

Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina

E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis

Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança a um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes

Senhoras e senhores
Ele pões os olhos grandes sobre mim
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça

Porém, o monumento
É bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem

Viva a banda, da, da
Carmen Miranda, da, da, da da, da da da


O Cinema Novo: foi um movimento cultural que surgiu na segunda metade da década de 50 no Brasil.

Surgiu questionando a companhia cinematográfica Vera Cruz e todo 0 cinema já feito no Brasil, passando a discutir a natureza do cinema brasileiro e os problemas do método.
O Cinema Novo nasce ligado ao desenvolvimento industrial no Brasil, num momento de aceleração do desenvolvimento econômico. Mas, ao mesmo tempo, o filme Rio, 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, que originou o Cinema Novo, era contra o desenvolvimento.
Alguns cineastas, como Alex Viany fizeram críticas denunciando 0 imperialismo cinematográfico. Desde o início da década, os primeiros congressos nacionais do cinema brasileiro (em 51, 52 e 53 em São Paulo e Rio de Janeiro) afirmavam a questão da presença do cinema estrangeiro no mercado brasileiro que ocupava muito tempo de projeção. Esses cineastas colocavam com extrema importância um cinema no Brasil como manifestação autêntica de cultura nacional.



William Shakespeare:
Nasceu em 23 de abril de 1564, na pequena cidade inglesa de Stratford-Avon. Nesta região começa seus estudos e já demonstra grande interesse pela literatura e pela escrita. Com 18 anos de idade casou-se com Anne Hathaway e, com ela, teve três filhos. No ano de 1591 foi morar na cidade de Londres, em busca de oportunidades na área cultural. Começa escrever sua primeira peça, Comédia dos Erros, no ano de 1590 e termina quatro anos depois. Nesta época escreveu aproximadamente 150 sonetos.

Embora seus sonetos sejam até hoje considerados os mais lindos de todos os tempos, foi na dramaturgia que ganhou destaque. No ano de 1594, entrou para a Companhia de Teatro de Lord Chamberlain, que possuía um excelente teatro em Londres. Neste período, o contexto histórico favorecia o desenvolvimento cultural e artístico, pois a Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o reinado da rainha Elisabeth I. O teatro deste período, conhecido como teatro elisabetano, foi de grande importância. Escreveu tragédias, dramas históricos e comédias que marcam até os dias de hoje o cenário teatral.
Os textos de Shakespeare fizeram e ainda fazem sucesso, pois tratam de temas próprios dos seres humanos, independente do tempo histórico. Amor, relacionamentos afetivos, sentimentos, questões sociais, temas políticos e outros assuntos, relacionados a condição humana, são constantes nas obras deste escritor.
No ano de 1610, retornou para Stratford, sua cidade natal, local onde escreveu sua última peça, A Tempestade, terminada somente em 1613. Em 23 de abril de 1616 faleceu o maior dramaturgo de todos os tempos, de causa ainda não identificada pelos historiadores.
Shakespeare é considerado um dos mais importantes dramaturgos e escritores de todos os tempos. Seus textos literários são verdadeiras obras de arte e permaneceram vivas até os dias de hoje, onde são retratadas freqüentemente pelo teatro, televisão, cinema e literatura.







Eugen Berthold Friedrich Brecht::foi um destacado dramaturgo, poeta e encenador alemão do século XX. Seus trabalhos artísticos e teóricos influenciaram profundamente o teatro contemporâneo, tornando-o mundialmente conhecido a partir das apresentações de sua companhia o Berliner Ensemble realizadas em Paris durante os anos 1954 e 1955.






Cia dos Atores

A companhia alia a linguagem autoral do diretor Enrique Diaz a uma equipe permanente de atores à qual se reúne eventualmente um dramaturgo, produzindo espetáculos em que a qualidade sustenta a experimentação. Grupo carioca que está no rol dos mais criativos a partir da década de 1990.
Formada atualmente pelo diretor Enrique Diaz e pelos atores César Augusto, Marcelo Olinto (figurinista da companhia), Marcelo Valle, Gustavo Gasparini, Bel Garcia, Suzana Ribeiro e Drica Moraes, a Cia dos Atores tem, a cada novo projeto, participações de profissionais convidados. O embrião da companhia é o espetáculo Rua Cordelier, Tempo e Morte de Jean Paul Marat, 1988, uma colagem de textos com A Morte de Danton, de Georg Büchner; Mauser, de Heiner Müller; e Marat-Sade, de Peter Weiss. Dirigido por Enrique Diaz, é encenado em um espaço não comercial, voltado para iniciativas experimentais. Em 1990, os atores do grupo Cia dos Atores se reúnem, sob a liderança do diretor, para uma pesquisa cênica em torno de obras de Jorge Luis Borges e Malarmé, que resulta em A Bao A Qu (Um Lance de Dados). O espetáculo, desenvolvido a partir de um roteiro e construído dramaturgicamente durante os ensaios, faz temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo, com sucesso de crítica e êxito junto a um público de iniciados. A Morta, de Oswald de Andrade, é encenada na Fundição Progresso que, em 1992, ainda está em obras. Na temporada paulista, os críticos Nelson de Sá, Alberto Guzik, Marcos Bragato e Aimar Labaki recomendam enfaticamente a montagem. O crítico da Folha de S.Paulo escreve que o espetáculo "não poderia ser mais apaixonado pelo teatro e pela arte" e que "a Cia dos Atores é toda ela impressionante: uma trupe que não dá fôlego".1
Em 1994, o conjunto, além de dar início a trabalhos voltados para o público infantil, encena Só Eles o Sabem, de Jean Tardieu, em que explora a linguagem do melodrama com uma construção cênica que prima pela precisão e pelo ritmo. Em 1995, estréia Melodrama, em que a companhia faz sua primeira experiência de criação com o acompanhamento de um dramaturgo. Filipe Miguez escreve o texto no processo dos ensaios, estabelecendo um diálogo criativo entre a cena e a palavra. A Associação Paulista de Críticos Teatrais - APCT, lhe confere o prêmio de melhor espetáculo do ano. O crítico da Folha de S.Paulo escreve: "... cria-se um pretexto, assim, para um grande virtuosismo dos atores, e para a maior delícia do público. É difícil encontrar uma companhia teatral tão homogênea, tão bem coordenada quanto esta Cia dos Atores".2 Em 1997, a companhia apresenta Tristão e Isolda, na versão de Filipe Miguez, parcialmente construída dentro do processo de ensaios, e O Enfermeiro, de Edgar Allan Poe, com adaptação e direção de César Augusto. Em 1998, num aprimoramento do universo obscuro do suspense e do terror, encena Cobaias de Satã, novamente de Filipe Miguez, montagem não muito bem sucedida pela imprecisão dramatúrgica.
Em seguida, a companhia apresenta sua versão para O Rei da Vela, de Oswald de Andrade. Tornando alguns trechos musicais, o espetáculo traz 46 minutos de trilha, incluindo de músicas populares antigas como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, a sucessos do momento e músicas compostas. O diretor musical Marcelo Neves mistura música gravada com música ao vivo. Os atores tocam instrumentos de percussão e são acompanhados por um acordeão e um cavaquinho. O figurinista Marcelo Olinto cria três trajes completos para cada ator a partir da reciclagem do acervo de 600 figurinos da companhia, dando ênfase ao gosto cafona dos personagens. Sua pesquisa se baseia em estilistas franceses dos anos 20 e 30, e recria a moda da elite misturando-a com materiais brasileiros e contemporâneos. Para o crítico Macksen Luiz, contudo, "a montagem não alcança a rebeldia desordenada da peça, mantendo-se no plano morno do deboche e do retrato da vulgarização do espetáculo da vida nacional".3 Protagonizado por Marcelo Olinto e Marcelo Valle, o espetáculo tem "linha interpretativa expansiva, na qual há uma tipificação das personagens quase como caricaturas de um humor popularesco".4
Em 2002, a companhia realiza seu primeiro espetáculo com um diretor convidado. Gilberto Gawronski encena Meu Destino É Pecar, uma novela escrita em crônicas assinadas por Suzana Flag, pseudônimo de Nelson Rodrigues em O Jornal. O crítico Macksen Luiz escreve: "A distribuição dos papéis por vários atores, que, de início, é um código que causa estranheza na platéia (...), contribui para a agitação do espetáculo e ajuda a aumentar o seu ritmo delirante. Os atores trocam de papel através de sutil movimento de corpo, encontrando uma nova dramática para situações que, de outra maneira, pareceriam somente risíveis. (...) a movimentação excessiva reforça o caráter derramado do entrecho (...) em uma dança que se apresenta às vezes debochada, outras vezes melodramática e umas poucas vezes lírica, encontrando uma real dramaturgia cênica para um folhetim circunstancial".5
Entre colaboradores da companhia constam, ainda, as atrizes Malu Galli e Thereza Piffer; o cenógrafo Gringo Cardia; o iluminador Maneco Quinderé; os músicos Carlos Cardoso, Mário Vaz de Mello e Marcelo Neves e a preparadora corporal Lucia Aratanha.
No programa do espetáculo Cobaias de Satã, escreve o crítico Alberto Guzik: "Mas sua contribuição [da Cia dos Atores] dá-se também no terreno da coerente e consistente investigação das linguagens teatrais. Os espetáculos mencionados acima e os demais produzidos pelo grupo recuperam idéias de escolas cênicas hoje desaparecidas ou em desuso. Para lembrar alguns exemplos, os procedimentos de teatro futurista, surrealista e modernista estavam presentes em A Bao A Qu e A Morta. A maior fábrica teatral de clichês jamais inventada era o tema de Melodrama. Essa adesão à história, no entanto, não se faz de maneira museológica. Não há intenção, no trabalho de Diaz e sua equipe de refazer cenicamente aquelas escolas. Trata-se, de isso sim, elaborar novas visões daqueles códigos, perceber de que serviam, como eram, e apresentar traduções contemporâneas de seus processos. É uma aproximação macunaímica do legado teatral, a que a companhia confere um tempo irreverente, vibrante. (...) A Cia dos Atores é uma ponte dinâmica entre o passado e o futuro. Longa vida a ela".

Obras do Pas

Principais Peças Teatrais Cobradas no PAS e pela UNB


Platão
•Alegoria da caverna

 Joaquim M. M. de Assis
•Dom Casmurro

 Martins Pena
•O juiz de paz na roça

Música

Silvinho, cantor brasileiro nascido em Petrópolis, RJ, em 1930 ou 1931. Seu grande sucesso, Quem é?, vendeu milhões e milhões de cópias em todos os países do mundo. No currículo, gravou 50 LPs, 25 compactos e 50 CDs e tem participações como convidado dos principais programas de rádio e televisão do país. Foi premiado com os mais importantes troféus da música brasileira, tais como: Chico Viola, Roquete Pinto e Buzina do Chacrinha. Atualmente continua fazendo shows em sua cidade natal.






Música

HÄNDEL, George Frideric (1685-1759) 


George Frideric Händel nasceu em Halle, em 23 de fevereiro de 1685. Ainda jovem, aos 11 anos já tocava violino, espineta, oboé, e orgão. Em 1703 foi para Hamburg e começou a compor óperas italianas.
De 1706 a 1710, permaneceu na Itália onde conheceu Domenico Scarlatti e Arcangelo Corelli, vindo daí a influência da melodia italiana sobre sua música. Ao retornar a Alemanha, Händel se tornou Kapellmeister em Hanover.
Em 1710 viajou para Londres onde a ópera italiana estava se tornando famosa rapidamente. Lá, em Londres, produziu uma ópera, que recebeu grande aclamação e, tendo provado o sucesso, relutantemente voltou à Alemanha.
Ao voltar à Inglaterra em 1712, Händel uma vez mais compôs várias óperas e também um pouco de música cerimonial para Rainha Anne. A Rainha deu para o jovem compositor um estipêndio anual de £200 com a esperança de mantê-lo em Londres como compositor de da cortel. Händel nunca mais voltou a Hanover. Ele permaneceu na Inglaterra pelo resto da vida e se tornou um cidadão naturalizado em 1726 , com o nome anglicano de George Frideric Händel.
Händel compôs muita música instrumental, inclusive muitos concertos para orgão, uma quantidade boa de música para teclado, e música de celebração, como as suites e danças conhecidas como The Water Music, escritas para acompanhar uma viagem da embarcação real, abaixo pelo rio Tâmisa, em 1717. Também há The Musick for the Royal Fireworks, composta em 1749 para celebrar a paz de Aix-la-Chappelle que tinha sido declarado o ano prévio.
Seguindo o modelo de Corelli, Händel também completou dois comjuntos de concerto grosso, alguns dos exemplos melhores do gênero Barroco, por exemplo o Concerto Grosso, Op. 6 N. 5. Compôs muita música coral para a corte real, também. Entre estes trabalhos estão os hinos escritos para o Duque de Chandos, várias odes, e os quatro hinos para a coroação de 1727.
Mas estas composições não eram a razão principal de Händel ter vivido na Inglaterra, e sim a composição e produção de ópera italiana para uma audiência ansiosa, o que estav na moda. Começando com Rinaldo em 1711, Händel compôs mais de quarenta óperas rapidamente entre 1712 e 1741. Muitos destas encontraram grande sucesso e Händel obteve muito fama e dinheiro. Algumas das mais famosas destas óperas é Giulio Cesare (1724), Alcina (1735), e Serse (1738). Rinaldo ilustra a pompa, a grandeza, e virtuosismo vocal das óperas italianas do Barroco.
Embora as óperas de Händel fossem populares quando foram escritas, o interesse do público inglês pela ópera tinha se enfraquecido consideravelmente, e Händel acabou perdendo muito dinheiro ao tentar achar sucesso adicional no gênero continuamente.
Ansioso para achar uma audiência nova, Händel voltou-se para a composição de oratorio: trabalhos dramáticos, normalmente com muito música coral, e freqüentemente com um assunto Bíblico, e o texto em inglês. A primeira dessas composições (Esther) tinha sido escrita em 1732, e seu sucesso foi seguido com outro oratorios.
Por volta de 1740, Händel tinha composto mais dois dos maiores trabalhos nesse gênero, Saul, e Israel no Egito. Händel fundiu estas histórias Bíblicas com a melodia, com majestade, e drama que tinha absorvido previamente nas óperas, e trabalhos como Solomon, Jephtha, Samson, Joshua, Israel no Egito, e Judas Maccabeus trouxeram mais fama e reconhecimento para o compositor.
Mas o gênio de Händel não está em nenhuma parte mais evidente do que na música sublime que proveu para seu oratorio mais famoso, Messias que teve sua estréia em Dublin em 1741. Seu sucesso foi imediato. Os sucessos dos oratorios de Händel deixariam uma impressão profunda e duradoura na música inglesa durante o próximo século.
Em 1751, Händel começou a ter dificuldade com a visão. Ele suportou três operações nos olhos, feitas pelo mesmo cirurgião que operou Johann Sebastian Bach sem sucesso, e os resultados catastróficos o levaram a cegueira completa.
Händel morreu uma semana depois de sofrer um colápso durante uma apresentação do oratório Messias em 1759. Ele foi enterrado na Abadia de Westminster. Uma biografia de Händel foi escrita um ano depois da sua morte pelo Reverendo John Mainwaring.









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Música

Carlos Alberto Ferreira Braga, nascido no Rio de Janeiro, sob o signo de Áries, em 29 de março de 1907, foi o primogênito de um casal de classe média : Jerônimo José Ferreira Braga Neto e Carmen Beirão Ferreira Braga.

Residente na Gávea, tendo também Botafogo como cenário de sua infância, passou sua adolescência em Vila Isabel, onde seu pai era diretor da Fábrica de Tecidos Confiança.
Cursou o ginasial no Colégio Batista, onde conheceu Henrique Brito, violonista, que lá foi estudar com uma bolsa de estudos que ganhara do então governador de sua terra natal (RN), tamanho eram seus dotes de instrumentista. Essa amizade despertou em Braguinha o interesse e a vocação pela música, fazendo com que ele, aos 16 anos, compusesse sua primeira obra (letra e música), de nome Vestidinho Encarnado.
Bando dos Tangarás, 1930 Foi essa mesma paixão pela música que acabou por reunir colegas de colégio e amigos, surgindo em meados de 1928 um grupo chamado Flor do Tempo. Formado basicamente por Braguinha, Henrique Brito, Alvinho, Noel Rosa e Almirante, apresentavam-se em casas de amigos e clubes.
Impulsionados por Almirante, em 1929, transformariam-se no Bando dos Tangarás, gravando 19 músicas, sendo 15 de autoria de Braguinha.

Chamado de Carlinhos na família e de Braguinha pelos amigos, foi com esse grupo que surgiu João de Barro. Estudante de arquitetura, inspirou-se no pássaro arquiteto para criar o pseudônimo, uma vez que seu pai não queria o nome de família envolvido com música popular, devido aos preconceitos que marcavam essa época.
O Bando dos Tangarás desfez-se em 1933, mas foi durante sua existência que sua carreira começou a se afirmar. Braguinha fez parte da geração que cantou e encantou a chamada "Era de Ouro" do carnaval brasileiro (1930/1942).
Em 1934, o então João de Barro conheceu duas pessoas que marcariam sua carreira: Alberto Ribeiro, seu maior parceiro e Wallace Downey, um americano que o conduziu a carreira do cinema e da indústria de discos.
Uma das facetas pouco divulgadas de Braguinha foi sua participação como roteirista e assistente de direção em filmes da Cinédia. Juntamente com Alberto Ribeiro, escreveu argumentos e composições para a trilha sonora de filmes como Alô, Alô, Brasil e Estudantes, cuja personagem principal Mimi foi estrelada por Carmem Miranda.
Atuou como diretor artístico da Columbia, no Rio de Janeiro, participando da escolha de repertório e formação de elenco, componentes fundamentais para o sucesso que a gravadora viria a ter no mercado fonográfico.
No cenário da música popular brasileira, continuou compondo sucessos, destacando-se o inesquecível Carinhoso (1937, com Pixinguinha), um de seus maiores sucessos internacionais, e Sonhos Azuis (1936, com Alberto Ribeiro).
Em 28 de janeiro de 1938, casou-se com Astréa Rabelo Cantolino, indo morar na Tijuca.
Ano marcante em sua vida, teve neste carnaval nada menos que 3 marchas que se tornaram clássicos até hoje executados: Pastorinhas (com Noel Rosa), Touradas em Madri e Yes, nós temos bananas (com Alberto Ribeiro).
Também em 1938, foi um dos responsáveis pela dublagem brasileira de Branca de Neve e os sete anões, de Walt Disney, o primeiro desenho animado em longa metragem da história do cinema. Também participou das versões brasileiras de Pinóquio (1940), Dumbo (1941), Bambi (1942), dentre muitos outros.
Certamente sua esposa Astréa lhe trouxe sorte, além de uma alegria ímpar: em 02 de julho de 1939, nasceu Maria Cecília, sua única filha.
Casamento de Braguinha e Astréa, 1938
Apaixonado que ficou por estórias infantis, escreveu e adaptou, também musicando, diversas historinhas como Os três porquinhos, Festa no céu, Chapeuzinho Vermelho, e tantas quantas pudermos lembrar em nossa infância.
Em 1939, comporia Noites de Junho (com Alberto Ribeiro), gravada por Dalva de Oliveira, que seria um dos seus grandes sucessos no gênero junino.
Sucederam-se inúmeras composições de carnaval, tendo em 1941, com parceria de Alberto Ribeiro, feito a versão de Valsa da Despedida, tema do filme A ponte de Waterloo.
Aliás, como autor de versões, Braguinha brilhou em diversas canções com parceiros internacionais como Charles Chaplin em Luzes da Ribalta e Sorri, atualmente regravada por Djavan, e também tema do anúncio de uma grande rede de lojas carioca, em 1996.
Extinta a Columbia no Brasil, em 1943, nasceu a Continental, também tendo Braguinha na direção artística.
Gravação de "Copacabana", com Dick Farney, nos estúdios da Gravadora Continental, 1946 Um de seus maiores sucessos internacionais seria composto em 1944: Copacabana, gravada por Dick Farney, com orquestração de Radamés Gnattali, em 1946.
Foi o primeiro grande sucesso da Continental, e é a segunda composição mais gravada do repertório de Braguinha, tendo inúmeros intérpretes em diversas regravações.
Em 1947, comporia outro sucesso traduzindo seu amor carioca: Fim de semana em Paquetá, também em parceria com Alberto Ribeiro.
Na sua linha carnavalesca, viriam as composições Anda Luzia (1947), Tem gato na tuba (1948), A mulata é a tal (1948) e Chiquita Bacana (1949).
Braguinha, em 1950, seria um dos fundadores da Todamérica, gravadora e editora musical, que em 1960 passaria apenas a atuar como editora.
Sua filha Maria Cecília casaria em 1959, com o psiquiatra Jadyr de Araujo Góes, proporcionando-lhe então mais emoções, traduzidas nos seus 3 netos: Carlos Alberto, Maria Luiza e Maria Claudia.
Teve inicio, em fins de 1960, o declínio da canção carnavalesca tradicional. Ainda assim, Braguinha lançaria o sucesso Garota de Saint-Tropez (1962), tendo Jota Junior como parceiro.
Em 1979, Gal Costa regravaria Balancê, que o colocaria novamente em destaque no já novo cenário da MPB. Em 1985, em parceira com César Costa Filho, comporia Vagalume, vencedora de concurso musical da TV Manchete.
Teve dois espetáculos montados em sua homenagem:. O Rio amanheceu cantando, na boite Vivará, em 1975, e Viva Braguinha, na Sala Sidney Miller, em 1983.
Recebeu o Prêmio Shell para Música Brasileira, no Teatro Municipal, em 1985.
Desfile na Mangueira, 1984 Teve sua grande consagração carnavalesca em 1984, ano da inauguração do Sambódromo, desfilando como tema da Mangueira, escola campeã deste mesmo ano com o samba enredo Yes, nós temos Braguinha. O nome deste samba se transformou no título de sua primeira biografia, excelente trabalho de Jairo Severiano.
Braguinha é assim, sucesso e carisma. Nunca soube ler música e só compõe de ouvido. Mas soube contagiar a multidão que, pedindo bis,fez com que a Mangueira retornasse ao desfile, desta vez percorrendo, no sentido contrário, a Marquês de Sapucai.
BIS para aquele que é e sempre será uma das figuras mais importantes da nossa música popular brasileira.








Música

Nóis é jeca mais é jóia, de Juraildes da Cruz

O cantor e compositor Juraildes da Cruz nasceu no dia 23 de novembro de 1954 em Aurora do Norte, hoje estado do Tocantins. Cresceu ouvindo cantigas de roda, folias de reis, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro.

Iniciou sua carreira artística em 1976, quando participou do GREMI, Festival de Arte de Inhumas (Goiás), e foi classificado em primeiro lugar. Participou de mais de cem festivais de música, com destaque para o Festival Tupi-79, onde se apresentou com Genésio Tocantins, ao lado de artistas como Caetano Veloso, Elba Ramalho, Zé Ramalho e Jackson do Pandeiro.
Gravou seu primeiro disco, Cheiro da Terra, em 1990, contando com a participação de grandes nomes como Chiquinho do Acordeon, Sebastião Tapajós, Paulo Moura, Jaques Morelenbaum, Fernando Carvalho, Nilson Chaves, Mingo e Xangai.
Suas composições já foram gravadas por Pena Branca e Xavantinho, Xangai, Rolando Boldrin e Margareth Menezes, entre outros. Em 1994, Pena Branca e Xavantinho gravaram a composição de Juraildes “Memória De Carreiro”, que abre o CD Uma Dupla Brasileira. Participou, ainda, do CD gravado ao vivo Canto Cerrado, no qual interpretou “Nóis É Jeca Mas É Jóia”. Cantou também com Xangai o forró “Fuzuê Na Taboca” no CD Eugênio Avelino – Lua Cheia, Lua Nova.
Em 2000, foi classificado no concurso do projeto “Rumos Musicais”, do Banco Itaú para fazer o mapeamento cultural do país, representando o Centro-Oeste e especialmente o Tocantins. Para gravar o CD Nóis é Jeca Mais é Jóia, retomou sua parceria com Xangai.






Nóis é Jeca mais é Jóia

Composição: Juraildes da Cruz

Andam falando que nóis é caipira
Que nossa onda é montar a cavalo
Que nossa calça é amarrada com imbira
Que nossa valsa é briga de galo

Andam dizendo que nóis é butina
Mais nóis num gosta de tramóia
Nóis gosta é das menina
Nóis é jeca mais é jóia
Mais nóis num gosta de jibóia
Nóis gosta é das menina
Nóis é jeca mais é jóia

Se farinha fosse americana, mandioca importada
Banquete de bacana era farinhada
Andam falando que nóis é caipira
Que nóis tem cara de milho de pipoca
Que nosso rock é dançar catira
Que nossa flauta é feita de taboca
Nóis gosta é de pescar traíra
Vê a bichinha gemendo na vara
Nóis num gosta de mintira
nóis tem vergonha na cara
Nóis gosta é de pescar traíra
Vê a bichinha chorando na vara
Nóis num gosta de mintira
nóis tem vergonha na cara

Se farinha fosse americana, mandioca importada
Banquete de bacana era farinhada
Andam falando que nóis é caipora
Que nóis tem que aprender ingleis
Que nóis tem que fazê sucesso fora
Deixa de bestaje, nóis nem sabe o portugueis
Nóis somo é caipira pop
Nóis entra na chuva e nem móia

Meu I love you, nóis é jeca mais é jóia
Nóis somo é caipira pop
Nóis entra na chuva e nem móia
Meu I love you, nóis é jeca mais é



Confira o vídeo dessa música aqui!!!!!!