Texto:Depende do tipo de texto, peça e situação que você pretende. Pode ser texto com falas dos personagens, discurso indireto, narrado pelo narrador onisciente, etc...
Ator:Tem sua responsabilidade.Um único ator pode representar vários personagens.Esse número é um fator relevante para determinar a importância do ator e das partes da interface do usuário utilizadas por ele.
Público:É destinado ao povo,aqueles que assistem a peça,também chamados de platéia são tão importantes quanto os protagonistas,pois sem eles não haveria teatro.
Tropicalismo:
O tropicalismo foi um movimento musical, que também atingiu outras esferas culturais (artes plásticas cinema, poesia), surgido no Brasil no final da década de 1960. O marco inicial foi o Festival de Música Popular realizado em 1967 pela TV Record.
O tropicalismo teve uma grande influência da cultura pop brasileira e internacional e de correntes de vanguarda como, por exemplo,o concretismo. O tropicalismo, também conhecido como Tropicália, foi inovador ao mesclar aspectos tradicionais da cultura nacional com inovações estéticas como, por exemplo, a pop art.
O tropicalismo inovou também em possibilitar um sincretismo entre vários estilos musicais como, por exemplo, rock, bossa nova, baião, samba, bolero, entre outros.
As letras das músicas possuíam um tom poético, elaborando críticas sociais e abordando temas do cotidiano de uma forma inovadora e criativa.
Os principais representantes do tropicalismo foram:
- Caetano Veloso
- Gilberto Gil
- Os Mutantes
- Torquato Neto
- Tom Zé
- Jorge Bem
- Gal Gosta
- Maria Bethânia
Conclusão:
O tropicalismo foi muito importante no sentido em que serviu para modernizar a música brasileira, incorporando e desenvolvendo novos padrões estéticos. Neste sentido, foi um movimento cultural revolucionário, embora muito criticado no período. Influenciou as gerações musicais brasileiras nas décadas seguintes.
Tropicália-Caetano Veloso
Sobre a cabeça os aviões
Sob os meus pés, os caminhões
Aponta contra os chapadões, meu nariz
Eu organizo o movimento
Eu oriento o carnaval
Eu inauguro o monumento
No planalto central do país
Viva a bossa, sa, sa
Viva a palhoça, ça, ça, ça, ça
O monumento é de papel crepom e prata
Os olhos verdes da mulata
A cabeleira esconde atrás da verde mata
O luar do sertão
O monumento não tem porta
A entrada é uma rua antiga,
Estreita e torta
E no joelho uma criança sorridente,
Feia e morta,
Estende a mão
Viva a mata, ta, ta
Viva a mulata, ta, ta, ta, ta
No pátio interno há uma piscina
Com água azul de Amaralina
Coqueiro, brisa e fala nordestina
E faróis
Na mão direita tem uma roseira
Autenticando eterna primavera
E no jardim os urubus passeiam
A tarde inteira entre os girassóis
Viva Maria, ia, ia
Viva a Bahia, ia, ia, ia, ia
No pulso esquerdo o bang-bang
Em suas veias corre muito pouco sangue
Mas seu coração
Balança a um samba de tamborim
Emite acordes dissonantes
Pelos cinco mil alto-falantes
Senhoras e senhores
Ele pões os olhos grandes sobre mim
Viva Iracema, ma, ma
Viva Ipanema, ma, ma, ma, ma
Domingo é o fino-da-bossa
Segunda-feira está na fossa
Terça-feira vai à roça
Porém, o monumento
É bem moderno
Não disse nada do modelo
Do meu terno
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Que tudo mais vá pro inferno, meu bem
Viva a banda, da, da
Carmen Miranda, da, da, da da, da da da
O Cinema Novo: foi um movimento cultural que surgiu na segunda metade da década de 50 no Brasil.
Surgiu questionando a companhia cinematográfica Vera Cruz e todo 0 cinema já feito no Brasil, passando a discutir a natureza do cinema brasileiro e os problemas do método.
O Cinema Novo nasce ligado ao desenvolvimento industrial no Brasil, num momento de aceleração do desenvolvimento econômico. Mas, ao mesmo tempo, o filme Rio, 40 Graus, de Nelson Pereira dos Santos, que originou o Cinema Novo, era contra o desenvolvimento.
Alguns cineastas, como Alex Viany fizeram críticas denunciando 0 imperialismo cinematográfico. Desde o início da década, os primeiros congressos nacionais do cinema brasileiro (em 51, 52 e 53 em São Paulo e Rio de Janeiro) afirmavam a questão da presença do cinema estrangeiro no mercado brasileiro que ocupava muito tempo de projeção. Esses cineastas colocavam com extrema importância um cinema no Brasil como manifestação autêntica de cultura nacional.
William Shakespeare:
Nasceu em 23 de abril de 1564, na pequena cidade inglesa de Stratford-Avon. Nesta região começa seus estudos e já demonstra grande interesse pela literatura e pela escrita. Com 18 anos de idade casou-se com Anne Hathaway e, com ela, teve três filhos. No ano de 1591 foi morar na cidade de Londres, em busca de oportunidades na área cultural. Começa escrever sua primeira peça, Comédia dos Erros, no ano de 1590 e termina quatro anos depois. Nesta época escreveu aproximadamente 150 sonetos.
Embora seus sonetos sejam até hoje considerados os mais lindos de todos os tempos, foi na dramaturgia que ganhou destaque. No ano de 1594, entrou para a Companhia de Teatro de Lord Chamberlain, que possuía um excelente teatro em Londres. Neste período, o contexto histórico favorecia o desenvolvimento cultural e artístico, pois a Inglaterra vivia os tempos de ouro sob o reinado da rainha Elisabeth I. O teatro deste período, conhecido como teatro elisabetano, foi de grande importância. Escreveu tragédias, dramas históricos e comédias que marcam até os dias de hoje o cenário teatral.
Os textos de Shakespeare fizeram e ainda fazem sucesso, pois tratam de temas próprios dos seres humanos, independente do tempo histórico. Amor, relacionamentos afetivos, sentimentos, questões sociais, temas políticos e outros assuntos, relacionados a condição humana, são constantes nas obras deste escritor.
No ano de 1610, retornou para Stratford, sua cidade natal, local onde escreveu sua última peça, A Tempestade, terminada somente em 1613. Em 23 de abril de 1616 faleceu o maior dramaturgo de todos os tempos, de causa ainda não identificada pelos historiadores.
Shakespeare é considerado um dos mais importantes dramaturgos e escritores de todos os tempos. Seus textos literários são verdadeiras obras de arte e permaneceram vivas até os dias de hoje, onde são retratadas freqüentemente pelo teatro, televisão, cinema e literatura.
Cia dos Atores
A companhia alia a linguagem autoral do diretor Enrique Diaz a uma equipe permanente de atores à qual se reúne eventualmente um dramaturgo, produzindo espetáculos em que a qualidade sustenta a experimentação. Grupo carioca que está no rol dos mais criativos a partir da década de 1990.
Formada atualmente pelo diretor Enrique Diaz e pelos atores César Augusto, Marcelo Olinto (figurinista da companhia), Marcelo Valle, Gustavo Gasparini, Bel Garcia, Suzana Ribeiro e Drica Moraes, a Cia dos Atores tem, a cada novo projeto, participações de profissionais convidados. O embrião da companhia é o espetáculo Rua Cordelier, Tempo e Morte de Jean Paul Marat, 1988, uma colagem de textos com A Morte de Danton, de Georg Büchner; Mauser, de Heiner Müller; e Marat-Sade, de Peter Weiss. Dirigido por Enrique Diaz, é encenado em um espaço não comercial, voltado para iniciativas experimentais. Em 1990, os atores do grupo Cia dos Atores se reúnem, sob a liderança do diretor, para uma pesquisa cênica em torno de obras de Jorge Luis Borges e Malarmé, que resulta em A Bao A Qu (Um Lance de Dados). O espetáculo, desenvolvido a partir de um roteiro e construído dramaturgicamente durante os ensaios, faz temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo, com sucesso de crítica e êxito junto a um público de iniciados. A Morta, de Oswald de Andrade, é encenada na Fundição Progresso que, em 1992, ainda está em obras. Na temporada paulista, os críticos Nelson de Sá, Alberto Guzik, Marcos Bragato e Aimar Labaki recomendam enfaticamente a montagem. O crítico da Folha de S.Paulo escreve que o espetáculo "não poderia ser mais apaixonado pelo teatro e pela arte" e que "a Cia dos Atores é toda ela impressionante: uma trupe que não dá fôlego".1
Em 1994, o conjunto, além de dar início a trabalhos voltados para o público infantil, encena Só Eles o Sabem, de Jean Tardieu, em que explora a linguagem do melodrama com uma construção cênica que prima pela precisão e pelo ritmo. Em 1995, estréia Melodrama, em que a companhia faz sua primeira experiência de criação com o acompanhamento de um dramaturgo. Filipe Miguez escreve o texto no processo dos ensaios, estabelecendo um diálogo criativo entre a cena e a palavra. A Associação Paulista de Críticos Teatrais - APCT, lhe confere o prêmio de melhor espetáculo do ano. O crítico da Folha de S.Paulo escreve: "... cria-se um pretexto, assim, para um grande virtuosismo dos atores, e para a maior delícia do público. É difícil encontrar uma companhia teatral tão homogênea, tão bem coordenada quanto esta Cia dos Atores".2 Em 1997, a companhia apresenta Tristão e Isolda, na versão de Filipe Miguez, parcialmente construída dentro do processo de ensaios, e O Enfermeiro, de Edgar Allan Poe, com adaptação e direção de César Augusto. Em 1998, num aprimoramento do universo obscuro do suspense e do terror, encena Cobaias de Satã, novamente de Filipe Miguez, montagem não muito bem sucedida pela imprecisão dramatúrgica.
Em seguida, a companhia apresenta sua versão para O Rei da Vela, de Oswald de Andrade. Tornando alguns trechos musicais, o espetáculo traz 46 minutos de trilha, incluindo de músicas populares antigas como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, a sucessos do momento e músicas compostas. O diretor musical Marcelo Neves mistura música gravada com música ao vivo. Os atores tocam instrumentos de percussão e são acompanhados por um acordeão e um cavaquinho. O figurinista Marcelo Olinto cria três trajes completos para cada ator a partir da reciclagem do acervo de 600 figurinos da companhia, dando ênfase ao gosto cafona dos personagens. Sua pesquisa se baseia em estilistas franceses dos anos 20 e 30, e recria a moda da elite misturando-a com materiais brasileiros e contemporâneos. Para o crítico Macksen Luiz, contudo, "a montagem não alcança a rebeldia desordenada da peça, mantendo-se no plano morno do deboche e do retrato da vulgarização do espetáculo da vida nacional".3 Protagonizado por Marcelo Olinto e Marcelo Valle, o espetáculo tem "linha interpretativa expansiva, na qual há uma tipificação das personagens quase como caricaturas de um humor popularesco".4
Em 2002, a companhia realiza seu primeiro espetáculo com um diretor convidado. Gilberto Gawronski encena Meu Destino É Pecar, uma novela escrita em crônicas assinadas por Suzana Flag, pseudônimo de Nelson Rodrigues em O Jornal. O crítico Macksen Luiz escreve: "A distribuição dos papéis por vários atores, que, de início, é um código que causa estranheza na platéia (...), contribui para a agitação do espetáculo e ajuda a aumentar o seu ritmo delirante. Os atores trocam de papel através de sutil movimento de corpo, encontrando uma nova dramática para situações que, de outra maneira, pareceriam somente risíveis. (...) a movimentação excessiva reforça o caráter derramado do entrecho (...) em uma dança que se apresenta às vezes debochada, outras vezes melodramática e umas poucas vezes lírica, encontrando uma real dramaturgia cênica para um folhetim circunstancial".5
Entre colaboradores da companhia constam, ainda, as atrizes Malu Galli e Thereza Piffer; o cenógrafo Gringo Cardia; o iluminador Maneco Quinderé; os músicos Carlos Cardoso, Mário Vaz de Mello e Marcelo Neves e a preparadora corporal Lucia Aratanha.
No programa do espetáculo Cobaias de Satã, escreve o crítico Alberto Guzik: "Mas sua contribuição [da Cia dos Atores] dá-se também no terreno da coerente e consistente investigação das linguagens teatrais. Os espetáculos mencionados acima e os demais produzidos pelo grupo recuperam idéias de escolas cênicas hoje desaparecidas ou em desuso. Para lembrar alguns exemplos, os procedimentos de teatro futurista, surrealista e modernista estavam presentes em A Bao A Qu e A Morta. A maior fábrica teatral de clichês jamais inventada era o tema de Melodrama. Essa adesão à história, no entanto, não se faz de maneira museológica. Não há intenção, no trabalho de Diaz e sua equipe de refazer cenicamente aquelas escolas. Trata-se, de isso sim, elaborar novas visões daqueles códigos, perceber de que serviam, como eram, e apresentar traduções contemporâneas de seus processos. É uma aproximação macunaímica do legado teatral, a que a companhia confere um tempo irreverente, vibrante. (...) A Cia dos Atores é uma ponte dinâmica entre o passado e o futuro. Longa vida a ela".

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